terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Lula, o filho do Brasil

Após uma semana de recesso no blog, volto hoje conscientemente criando certa polêmica com o filme em questão. Antes, só ressalvo que em vista dessa atual época do ano optamos por postar periodicamente, o que, para deixar bem claro, quer dizer que os dias de postagem seguem os mesmo, porém, não ocorrerá obrigatoriamente em todos esses mesmos dias.

Voltando ao tema: polêmica por quê? O assunto política sempre é polêmico. E de sobra, crucifiquem-me, confesso que não assisti ao filme. Não nego que isso certamente prejudica qualquer argumentação de minha parte contra o mesmo. Mas, utilizando-me de um bom senso básico, é claro, junto da leitura de diversas resenhas sobre o filme, focarei apenas nos motivos para que aos meus olhos o filme torne-se não-indicado.

Sabe-se que “Lula, o filho do Brasil” será exibido em época de período eleitoral, e é mais do que óbvio que o atual presidente da república não concorrerá, como usualmente respondem de antemão os adeptos de seu governo, mas, é inevitável que ele não exerça influência direta no resultado das eleições, apoiando certos candidatos.

Tendo isso por base, além de estar ciente de que o filme não é meramente político e trata dos momentos familiares e recreativos da vida do protagonista, não é preciso mais do que uma pequena linha de raciocínio para dizer que momentos vergonhosos dessa mesma vida, em grande maioria, não foram filmados, como se simplesmente não existissem. Peguemos um simples exemplo disso, que está envolto em uma névoa de ambigüidade, o caso do menino do Movimento de Emancipação do Proletariado (MEP), publicado na Folha de São Paulo. (Seria demasiado longo, além de extremamente desnecessário, pelo teor político das situações, explicá-lo aqui, porém uma simples pesquisa no Google aos interessados já resolve muita coisa.)

O filme, mesmo que visto como a história de um homem comum, sua família e a extraordinária capacidade de superar dificuldades, definição do diretor Fábio Barreto, inconscientemente é uma grande propaganda política. Já aceitar essas definições entra no mérito de cada um. Por esses motivos, não recomendo o filme.

Ficha técnica

  • Título original: Lula, o Filho do Brasil
  • Gênero: Drama
  • Duração: 02 hs 08 min
  • Ano de lançamento: 2010
  • Site oficial: http://www.lulaofilhodobrasil.com.br
  • Estúdio: LC Barreto / Filmes do Equador / Intervídeo Digital / Globo Filmes
  • Distribuidora: Downtown Filmes / Europa Filmes
  • Direção: Fábio Barreto
  • Roteiro: Daniel Tendler, Denise Paraná e Fernando Bonassi, baseado em livro de Denise Paraná
  • Produção: Paula Barreto e Rômulo Marinho Jr.
  • Música: Antônio Pinto e Jacques Morelembaum
  • Fotografia: Gustavo Hadba
  • Direção de arte: Clóvis Bueno
  • Figurino: Cristina Camargo
  • Edição: Letícia Giffoni
  • Um comentário:

    1. Creio eu, que um filme edificante sobre um presidente em pleno mandato, é uma boa jogada para chamar a atenção do eleitorado. Querendo ou não, o presidente tem influência deveras na eleição subsequente, ora então porque ele carregou a ministra, candidata, com ele na grande maioria dos últimos eventos com grande repercussão? Concordo com o Thiago, ele era um militante esquerdista, com certeza ele não é uma pessoa tão iluminada e de tão bom coração, meus caros, ora, um metalúrgico que ascende à presidência da República tem no mínimo um pouco de maldade.

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