terça-feira, 22 de junho de 2010

"Kick-Ass" realmente chuta bundas!


Desculpem, não consegui esperar estreiar em Pelotas.

Cansado de ser invisível em sua escola, o adolescente Dave resolve pôr em prática aquilo que todo jovem nerd sonhou pelo menos uma vez na vida: Ser um super-herói. Porém ele não imaginava que, juntamente com o reconhecimento, vêm as responsabilidades e perigos de ser um justiceiro. Juntamente com Hit-Girl, o Kick-Ass agora precisa combater o crime, como todo super-herói que se preze.

Ultimamente, os filmes de super-heróis têm se tornado um pouco "mauricinhos". Não que isso seja uma crítica, "Homem de Ferro 2", por exemplo, é muito bom. O fato é que não se arriscava muito. Era simplesmente o mocinho que batia no vilão, pegava a mocinha e ia embora com sua consagração. Eis que surge Matthew Vaughn com seu "Kick-Ass", falando não somente do lado glamouroso do justiceiro da sociedade. Fazendo uma crítica a esses filmes, o diretor coloca um jovem nerd que tem em sua mente apenas as coisas boas em ser um super-herói: O reconhecimento entre os seus contemporâneos, a possibilidade de bater em todo mundo, etc. Porém, dando um tapa na cara da caretice moderna, coloca o garoto em situações reais , mostrando que ser um herói respeitado não é tão fácil.
Sobre a violência presente no filme, pela qual Vaughn vem sendo duramente criticado, acredito que é a tal caretice tentando responder ao golpe que sofreu. O diretor trabalha com uma sofisticação à la Quentin Tarantino em seu filme. Dá aquela adrenalina gostosa, mas ao mesmo tempo é extremamente sutil. Segundo ele, todas as empresas que receberam propostas para patrocinarem o filme recusaram por não quererem ter seu nome vinculado a imagem do filme exatamente por ele ser politicamente incorreto devido ao alto índice de violência. Assim, EU comrparia na hora um produto que estivesse pouco se lixando para o lance de o filme ser violento, mostraria atitude da marca. Meio que agora não vou mais comprar tênis Timberland porque a produção teve que pintar o sapato do Kick-Ass por cima do logo no filme e sei que não serei o único. O tiro saiu bem violento pela culatra. Assim, sem dinheiro de investidores e apoio de estúdios, com certeza o projeto ficou mais difícil de ser executado, mas, mesmo assim, está impecável e encantador. Azar de quem não quis ter seu nome vinculado. O fato da atriz Chloë Moretz, de apenas treze anos, particopar de diversas cenas de luta, além de carregar armas para cima e para baixo, sim, pode ser just a little bit condenável, mas, segundo a própria atriz, ela teve um treinamento individual de como controlar uma arma, para não ferir a si e aos outros. E, em termos legais, é preciso retificar que os pais de Chloë estavam 100% cientes das cenas da filha no filme. Em termos pessoais de minha opinião, a menina é extremamente talentosa, DEIXA A MENINA TRABALHAR.
Sobre as atuações, duas chamam extremamente a atenção: Nicholas Cage e a já citada Chloë Moretz. O primeiro quem me conhece sabe de todas as restrições que tenho a respeito dele. Acho um ator frio na maioria de seus papéis, mas em "Kick-Ass", Cage surpreende pelo carisma de seu personagem, o Big Daddy. Fã assumido de quadrinhos, o ator se inspira claramente em Adam West e funciona como há muito não funcionava. Atuou com o coração, como há muito não atuava. Sobre Chloë Moretz, fico até sem palavras. Que talento em apenas treze anos! A menina consegue atuar com personalidade sem parecer aquelas crianças que tentam ser adultos. Já havia me surpreendido com suas poucas cenas em "(500) Dias com Ela" e tenho que dizer; já é uma das minhas atrizes prediletas, por ter um potencial de carisma gigantesco. Não há como falar de Kick-Ass sem falar na Hit-Girl, a garota é indescutivelmente o grande destaque da produção, lembrando muito a Noiva de "Kill Bill", de Quentin Tarantino (olha ele aí de novo!). É uma promessa de grande diva do cinema no futuro. Guardem esse nome: Chlöe Moretz!

"Kick-Ass" faz um bem danado para as adaptações de HQ's. É corajoso, faz pensar e mostra toda a pancadaria que o público para qual o filme fala quer ver. FODA DEMAIS!

Ficha Técnica
Direção: Matthew Vaughn
Roteiro: Matthew Vaughn, Jane Goldman, Mark Millar
Elenco: Aaron Johnson, Chloe Moretz, Nicolas Cage, Mark Strong, Christopher Mintz-Plasse, Clark Duke, Evan Peters, Lyndsy Fonseca, Jason Flemyng

Nota: 9,5

domingo, 20 de junho de 2010

Toy Story > Shrek



Os criadores dos adorados filmes Toy Story voltam a abrir a caixa de brinquedos e levam o público de cinema de volta ao adorável mundo de Woody, Buzz e nossa gangue favorita de brinquedos-personagens em "Toy Story 3". Enquanto Andy se prepara para ir para a universidade, Buzz, Woody e seus leais brinquedos estão preocupados com o futuro incerto. Dirigido por Lee Unkrich (codiretor de Toy Story 2 e Procurando Nemo), "Toy Story 3" é uma nova aventura cômica em Disney Digital 3D™ que leva os brinquedos para uma sala cheia de crianças selvagens que mal podem esperar para botar seus dedinhos nesses “novos” brinquedos. O caos está formado quando eles tentam ficar juntos e garantem que “nenhum brinquedo será deixado para trás”. Enquanto isso, Barbie fica cara a cara com Ken (sim, aquele Ken).
"Olha o Andy!", gritou uma menina na hora em que o agora universitário apareceu pela primeira vez na continuação da história dos brinquedos animados. Essa frase da pequena espectadora traduz com perfeição o porquê de "Toy Story" ser a melhor e principal franquia do Cinema de Animação feita até hoje. Não somente pelas altas qualidades técnicas dos três filmes, mas também por uma caracteristica que separa os grandes dos geniais filmes: A capacidade de se tornar inesquecível. "Shrek" pode ter sido muito mais lucrativa - embora o último filme, "Shrek Para Sempre", ter passado longe daquilo que os engravatados do Cinema esperavam -, mas, daqui uns vinte ou trinta anos, Buzz Lightyear e o Cowboy Woody estarão ainda na memória das pessoas, enquanto o ogro verde não é carismático a esse ponto. Aí entramos mais uma vez na rivaldiade Pixar - DreamWorks; enquanto a primeira lançou, entre 2009 e 2010, dois filmes que se tornarão clássicos ("Up - Altas Aventuras" e "Toy Story 3"), a segunda seguiu preocupada com as bilheterias e mostrou-nos "Tá Chovendo Hambúrguer" para ser concorrente do longa sobre o velhinho que sai em busca de aventuras e "Sherk Para Sempre" tentando fazer frente aos simpáticos brinquedos de Andy. O tiro saiu pela culatra e, além de "fracassos" de bilheteria, a DreamWorks amargurou severas críticas a seu tipo de Cinema.
Deixando de lado a parte burocrática dos bastidores das animações, resta-nos falar sobre as qualidades específicas de "Toy Story 3". Não vi o filme em 3-D, mas meus informantes (ui.) já informaram-me que a tecnologia foi utilizada muito mais para aumentar a sensação de profundidade do que para jogar coisas na cara do cidadão. Desta forma, está impecável. Também pudera, o filme foi pensado para o 3-D e filmado desta forma, assim como "Avatar" foi, e não passado para 3-D, como feito com o #fail "Fúrias de Titãs". Não só por estas razões a continuação da saga dos brinquedos de Andy DEVE ser vista em três dimensões (se tu não moras em Pelotas, né); os óculos são imprescindíveis para disfarçar o choro quase inevitável em algumas cenas.
Sobre os personagens novos, eles se encaixaram perfeitamente na trama. Destaques para Barbie e Ken, que arrancam risadas desde a primeira cena em que aparecem juntos. Os outros novatos apresentados previamente pela produção tiveram participação just a little bit discreta, com poucas falas. O porco-espinho Mr. Princklepants, por exemplo, tem grande poder cômico e poderia ser melhor aproveitado. Já o Bebê dá aquela sensação de óbvio e "bem bolado, cara", outro grande acerto da produção.

Prepara o lenço, "Toy Story 3" te fará chorar de emoção e de rir.

Ficha Técnica
Direção: Lee Unkrich
Roteiro: Michael Arndt, Joh Lasseter, Andrew Stanton e Lee Unkrich
Elenco: Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, Don Rickles, Wallace Shawn, Estelle Harris, John Ratzenberger, Ned Beatty, Michael Keaton, Kristen Schaal, Blake Clark, John Morris, Laurie Metcalf, Jodi Benson, Timothy Dalton, Jeff Garlin, Whoopi Goldberg, Bonnie Hunt, R. Lee Erme

Nota: 10