segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

(500) Dias com Ela


Filme indie do ano sobre Tom(Joseph Gordon-Levitt), um azarado escritor de cartões comemorativos, finalmente encontra um motivo de felicidade em sua vida: Conhece Summer(Ah, Zooey Deschanel *-*), bela e encantadora jovem que começa a trabalhar junto a ele. Ele se apaixona , acredita no amor e quer compromisso. Ela não. Após 500 dias, Tom leva um fora da garota e, a partir daí, retorna até o dia em que a conheceu, tentando entender o que deu errado.
O gênero é o típico "boy meets girl", onde um casal se conhece e vive feliz pra sempre ou não. A diferença está exatamente no que o narrador anuncia logo no início do filme: "Esse não é um filme de amor". O propósito do filme é exatamente quebrar com o clichê dos filmes água-com-açúcar. Créditos ao estreiante diretor Marc Webb, que pode (e eu aposto) levar uma indicação logo em seu primeiro filme. Webb levou a "(500) Dias Com Ela" toda a sua experiência na direção de videoclipes para imprimir um ritmo todo particular ao longa. São seis meses contados de forma não-linear sem esquecer sequer um momento da relação dos protagonistas. Outro grande triunfo da produção é a forma como o íntimo de Tom é mostrado, através de dança, música e até mesmo animações, fazendo com que o espectador simpatize e se identifique com o personagem. "Se alguém se idenficar com um dos dois, valeu a pena", disse Webb em certa entrevista, mostrando que é mais um diretor promissor a se preocupar com o conteúdo do longa e não somente com o lucro que vá lhe render.
O filme conta de uma forma criativa uma história que, de contada de outra forma, cairia no clichê e no esquecimento de quem o visse. Além disso, conta com a exuberante mais linda mulher do mundo no momento, Zooey Deschanel. O filme valeria só para ver seu lindo par de olhos azuis, mas vale também pela cutucada nos filmes clichês água-com-açúcar. Mais do que isso, vale pela forma tragicômica com que o amor é tratado.

Preste atenção em: Na trilha sonora, que parece ser composta pelo coração do protagonista, seja em seus momentos alegres com sua amada, seja durante a dor de cotovelo.
Por que ver: Pela forma criativa e inteligente com que Marc Webb trata o amor e pela influência de "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa", de Woody Allen, principalmente quando separa a tela em "Realidade" e "Expectativa". E pela Zooey Deschanel, óbvio.

Ficha Técnica
Título Original: (500) Days of Summer
Direção: Marc Webb
Roteiro: Scott Neustadter, Michael H. Weber
Elenco: Joseph Gordon-Levitt e Zooey(L)Deschanel
Fotografia: Eric Steelberg
Música: Mychael Danna e Rob Simonsen

Nota: 9,5

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Lula, o filho do Brasil

Após uma semana de recesso no blog, volto hoje conscientemente criando certa polêmica com o filme em questão. Antes, só ressalvo que em vista dessa atual época do ano optamos por postar periodicamente, o que, para deixar bem claro, quer dizer que os dias de postagem seguem os mesmo, porém, não ocorrerá obrigatoriamente em todos esses mesmos dias.

Voltando ao tema: polêmica por quê? O assunto política sempre é polêmico. E de sobra, crucifiquem-me, confesso que não assisti ao filme. Não nego que isso certamente prejudica qualquer argumentação de minha parte contra o mesmo. Mas, utilizando-me de um bom senso básico, é claro, junto da leitura de diversas resenhas sobre o filme, focarei apenas nos motivos para que aos meus olhos o filme torne-se não-indicado.

Sabe-se que “Lula, o filho do Brasil” será exibido em época de período eleitoral, e é mais do que óbvio que o atual presidente da república não concorrerá, como usualmente respondem de antemão os adeptos de seu governo, mas, é inevitável que ele não exerça influência direta no resultado das eleições, apoiando certos candidatos.

Tendo isso por base, além de estar ciente de que o filme não é meramente político e trata dos momentos familiares e recreativos da vida do protagonista, não é preciso mais do que uma pequena linha de raciocínio para dizer que momentos vergonhosos dessa mesma vida, em grande maioria, não foram filmados, como se simplesmente não existissem. Peguemos um simples exemplo disso, que está envolto em uma névoa de ambigüidade, o caso do menino do Movimento de Emancipação do Proletariado (MEP), publicado na Folha de São Paulo. (Seria demasiado longo, além de extremamente desnecessário, pelo teor político das situações, explicá-lo aqui, porém uma simples pesquisa no Google aos interessados já resolve muita coisa.)

O filme, mesmo que visto como a história de um homem comum, sua família e a extraordinária capacidade de superar dificuldades, definição do diretor Fábio Barreto, inconscientemente é uma grande propaganda política. Já aceitar essas definições entra no mérito de cada um. Por esses motivos, não recomendo o filme.

Ficha técnica

  • Título original: Lula, o Filho do Brasil
  • Gênero: Drama
  • Duração: 02 hs 08 min
  • Ano de lançamento: 2010
  • Site oficial: http://www.lulaofilhodobrasil.com.br
  • Estúdio: LC Barreto / Filmes do Equador / Intervídeo Digital / Globo Filmes
  • Distribuidora: Downtown Filmes / Europa Filmes
  • Direção: Fábio Barreto
  • Roteiro: Daniel Tendler, Denise Paraná e Fernando Bonassi, baseado em livro de Denise Paraná
  • Produção: Paula Barreto e Rômulo Marinho Jr.
  • Música: Antônio Pinto e Jacques Morelembaum
  • Fotografia: Gustavo Hadba
  • Direção de arte: Clóvis Bueno
  • Figurino: Cristina Camargo
  • Edição: Letícia Giffoni
  • segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

    O Amor Custa Caro



    Deliciosa comédia dos Irmãos Coen sobre Miles, um advogado especialista em divórcios (George Clooney) e Marilyn Rexroth(Catherine Zeta-Jones), uma linda mulher especialista em impiedosos golpes do baú. Ele não conhece a palavra "derrota" dentro do tribunal. Ela, dentro de seus casamentos. Quando Miles se apaixona por Marilyn, é dado início um grande e hilariante jogo de Xadrez baseado em traições e esperteza de ambos, onde um tenta passar a perna no outro.
    Eu sou suspeitíssimo para falar de algum filme dos Coen, Joel é disparado o meu diretor predileto. Sou fã desde a loucura exagerada e ao mesmo tempo lúcida até a abordagem psicológica sempre utilizada com muita inteligência, tanto nos dramas, quanto nas comédias. No caso do hilariante "O Amor Custa Caro", a ironia se junta a todos esses outros elementos, o tema do Romance água-com-açúcar é temperado com muita loucura, caracterizada logo no início da trama. Loucura esta que tem uma semelhança com a de Quentin Tarantino, principalmente nos detalhes das cenas, como as reações exageradas dos personagens, contribuindo para um mérito maior para a trama.
    Com certeza não é mais uma obra-prima dos irmãos americanos. Se formos nos concentrar em suas comédias, "Matadores de Velhinha", por exemplo, tem mais qualidade. Mas é uma cutucada nos roteiros clichês dos longas água-com-açúcar, pois até o nome remete a eles. É como se fosse uma armadilha. Um convite bonito com bomba dentro. E com destino certo: Diretores de filmes não-autorais, que apenas dirigem os roteiros feitos por seus superiores. É uma bomba com a intenção de acabar com o cinema comercial. Pode não ser uma obra-prima dos Coen Brothers. Mas é um Coen.

    Nome Original: Intolerable Cruelty
    Direção: Joel Coen
    Produção: Ethan Coen
    Elenco: George Clooney, Catherine Zeta-Jones, Billy Bob Thornton
    Gênero: Comédia
    Distribuição: Universal Pictures
    Roteiro: Robert Ramsey & Matthew Stone e Ethan & Joel Coen
    Trilha Sonora: Cartel Burwell

    quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

    Filmes Com Cantores


    Não é de hoje que astros da música resolvem se aventurar na telona. Elvis Presley talvez seja o maior exemplo destes. Como deu certo com ele, muitos tentaram também, porque é lógico que tudo que o Elvis fez todo mundo consegue fazer igual. Acho que alguém tem que avisar pra esses artistas que a vida não é boa o suficiente para se ter DOIS talentos. Mesmo que, em alguns casos, nenhum talento seja mais apropriado.
    Para não ficar chato e perder leitores, resolvi me concentrar nos exemplos mais atuais. Comecemos por Avril Lavigne. A CANTORA canadense participou do longa "Nação Fast Food", fazendo papel de Alice, em "Justiça a Qualquer Preço", contracenou com Richard Gere (GRANDE COISA), mas não foi bem em nenhum deles e resolveu que só iria "atuar" em filmes sendo ELA MESMA, como é o caso de "Com o Pé na Estrada", onde ela aparece fazendo uma perfomance de seu grande sucesso "Losing Grip". Eu faria uma piada sobre o que é melhor e o que é pior, mas não posso comentar pois eu tinha um CD e um POSTER da Avril Lavigne quando tinha uns 13/14 anos #prontofalei.
    Aqui no Brasil tivemos o recente caso do cantor Daniel, que participou do último fracasso Global do horário das seis e PROTAGONIZOU o longa "O Menino da Porteira", uma refilmagem de um filme de 1977. Eu vi o filme e man, realmente não consigo imaginar o diretor, na hora de escolher o elenco, pensar "nossa, o Daniel é PERFEITO pra esse papel! Não existe ninguém melhor que ele!". Pra começar, no trailer ele só aparece tocando o berrante e montando num boi. Acho que se aparecesse ele "atuando" "de verdade", ninguém ia querer ver o filme. Inteligente.
    Em suma, devia existir um pacto entre os cantores, onde um não deixaria o outro se arriscar no cinema. Ou, simplesmente, esses "aventureiros" tomarem um SEMANCOL e desistirem disso. Se o mundo fosse assim, com todo mundo se arriscando no cinema, nós veríamos anões tetraplégicos albinos atuando. Provavelmente melhor que o Daniel.

    ps: Se alguém quiser citar algum outro exemplo de cantor babaca que quis dar uma de ator, os comentários estão aí.

    quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

    Os vivos e os mortos

    São questionáveis os meus motivos pra não-indicar um filme desconhecido e de pouco acesso. Mas, faço-o por motivos de outra faceta minha. A literária.

    John Huston, peça elementar de uma das famílias mais influentes no cinema americano, encerrou sua carreira com o filme, adaptado do conto Os mortos, que está no livro Dublinenses do escritor irlandês James Joyce.

    A história: Dublin, capital irlandesa, Dia dos Reis. Após uma grande cerimônia na casa das irmãs Morgan, hospedado em um hotel, o casal Gabriel e Gretta Conroy, discute sobre uma antiga e trágica paixão na adolescência da última, lembrada ao longo do dia por uma música.

    Joyce, peça elementar de provavelmente toda literatura contemporânea. Inovador, perspicaz. Não é preciso falar sobre o meu apreço ao mesmo, afinal, aos que me conhecem ou acompanham o blog sabem que o meu twitter é @Dublinenses.

    O conto Os mortos, como todos os do Dublinenses, retrata perfeitamente os sentimentos humanos ou os cenários de Dublin no século vinte. Mas nesse conto magistral, narrado de modo refinado porém febril, somos envolvidos em névoas e sentimentos, como se fossemos os personagens e refletíssemos com o barulho da neve oblíqua e branda que cai.

    Já o filme, independente de tudo que o componha e mereça destaque, pode ser anulado simplesmente pelo conto, que é imbatível.

    Assim, recomendo Joyce, e não o filme.

    Ficha técnica

  • Título original: The Dead
  • Gênero: Drama
  • Duração: 01 h 35 min
  • Ano de lançamento: 1987
  • Estúdio: Liffey Films / Zenith
  • Distribuidora: Vestron Pictures
  • Direção: John Huston
  • Roteiro: Tony Huston, baseado em estória de James Joyce
  • Produção: Wieland Schulz-Kiel e Chris Sievernich
  • Música: Alex North
  • Fotografia: Fred Murphy
  • Figurino: Dorothy Jeakins
  • Edição: Roberto Silvi

  • segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

    Amor à flor da pele

    Em vista de alguns contratempos, os dias de postagem vão ser invertidos nessa semana. Portanto, hoje eu indico novamente um filme, e retorno somente na quarta, com um filme não-indicado.

    Escrito e dirigido por Wong Kar-Wai, o filme lhe reafirmou como um dos maiores expoentes do cinema contemporâneo ocidental e oriental.

    A história: Dois vizinhos, um homem e uma mulher, ambos casados, que compartilham da mesma ausência constante de seus respectivos cônjuges, tornam-se amigos. Um dia, encaram o fato de que seus parceiros podem estar tendo um caso.

    Como se pode notar, o filme trata sobre um tema mais do que comum, os relacionamentos. Porém o faz de modo bastante original e característico dos filmes de Kar-Wai, explorando amplamente os elementos audiovisuais, de modo que estão sempre em perfeita harmonia com os sentimentos dos personagens, ressalvando o roteiro bem traçado e amplamente natural, eficaz.

    Outra característica do diretor utilizada no filme, é valorizar os objetos em cena, apresentando-os como metáforas. Gerando assim diferentes interpretações, como se o filme fosse feito sob medida.

    Ficha técnica

  • Título original: In The Mood For Love
  • Gênero: Drama
  • Duração: 01 h 30 min
  • Ano de lançamento: 2000
  • Estúdio: Block 2 Pictures / Jet Tone Production Co. / Paradis Film
  • Distribuidora: USA Films
  • Direção: Wong Kar-Wai
  • Roteiro: Wong Kar-Wai
  • Produção:William Chang
  • Música: Mike Galasso
  • Fotografia: Christopher Doyle e Mark Lee Ping-bin
  • Figurino: William Chang
  • Edição: William Chang
  • quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

    Caché

    Reconhecido pela intensidade psicológica de seus filmes, Michael Haneke, ressaltou claramente em Caché, que consegue atrelar essa característica em qualquer gênero, com quaisquer personagens.

    A história é simples: assustado, um casal parisiense busca compreender estranhas fitas de vídeo, recebidas sem remetente, que mostram o exterior de sua casa em variados horários, junto de estranhos desenhos infantis.

    Mas, apesar do enredo simples, desde o começo do filme vemos questões aprofundadas sabiamente, como, os imigrantes em países de primeiro mundo, o valor da imagem no século vinte e um e o grande problema da vulnerabilidade nas grandes cidades.

    O reconhecimento internacional veio em larga escala, foram muitos os prêmios conquistados em reconhecidas cerimônias cinematográficas, como por exemplo, o festival de Cannes, em que o filme conquistou cinco das mais importantes categorias, além de ser eleito como o melhor da década, em uma lista de cem filmes, pelo aclamado jornal inglês Times.

    Na mesma lista encontramos em octogésimo quinto, outro Haneke, e o meu favorito na década, do diretor (ressaltando que discordo em grande parte do Times), o qual espero falar em outra quinta: A professora de piano, com Isabelle Huppert, que esteve recentemente divulgando uma peça em Porto Alegre.

    A lista pode ser conferida aqui.

    Ficha Técnica

    Título original: Caché
    Gênero: Drama Duração: 01 h 57 min
    Ano de lançamento: 2005
    Estúdio: Les Films du Losange / Bavaria Film / Canal+ / Wega Film / BIM Distribuzione / France 3 Cinéma / arte France Cinéma / Eurimages / Studio Canal / Centre National de la Cinématographie / ORF Film/Fernseh-Abkommen / Filmfonds Wien / &Oum
    Distribuidora: Sony Pictures Classics / California Filmes
    Direção: Michael Haneke
    Roteiro: Michael Haneke
    Produção: Veit Heiduschka
    Fotografia: Christian Berger
    Figurino: Lisy Christl
    Edição: Michael Hudecek e Nadine Muse

    quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

    Xuxa e o Fantástico Mistério de Feiurinha


    Eu começo essa crítica com uma única frase: "Xuxa e o fantástico mistério de feiurinha". Só o nome desse "filme" já tira a qualidade dele por dois motivos: O primeiro, tem "Xuxa" nele. O segundo, "fantástico mistério de feiurinha" não é um título de filme que eu alugaria. E, se eu não alugaria, não é bom. Mas vamos falar sobre o que se trata o "longa": Se trata da história de quatro princesas que saem em busca da princesa FEIURINHA que desapareceu MISTERIOSAMENTE. Pena que ninguém teve a ideia de desaparecer com membros da família Meneghel na vida real, né?
    O filme é estrelado por aquela que é um bebê e foi alfabetizada em inglês, além de ser grande admiradora do piloto Airton Senna, Sasha Meneghel, filha da "atriz" e "apresentadora" Xuxa. O autor do livro que inspirou (como alguém se inspira em um livro chamado "Fantástico Mistério de Feiurinha" para fazer um filme?), Pedro Bandeira, disse na semana passada que a pequena herdeira da rainha dos baixinhos é um ser sem talento algum. Também pudera, a GENÉTICA não permite que um ser provenido de um espermatozóide de Luciano Szafir e um óvulo de Xuxa Meneghel tenha algum talento. É biologicamente inviável.
    Além da família Meneghel Szafir, o "filme" conta com Luciano Huck, Angélica e Hebe Camargo no elenco, mostrando que não só de um roteiro magnífico vive esse longa. Um elenco de QUALIDADE também se faz presente. Digo isso porque veremos HEBE vestida de PRINCESA... É ou não é genial?
    Em suma, o filme deve ser uma bosta. Agora fui, vocês não merecem falar nem comigo nem com meu anjo. Abs.

    Gênero: Infantil
    Direção: Timuzma Yamazaki
    Distribuição: Playarte
    Elenco: Xuxa Meneghel, Sasha Meneghel, Bernardo Mesquita, Bruna Marquezine, Angélica, Luciano Huck, Luciano Szafir, Giulia Gam.

    terça-feira, 1 de dezembro de 2009

    Patch Adams - O amor é contagioso

    Nesse caso, o território opinativo, apesar de vasto, precisa ser transpassado calmamente. Temos certamente um dos filmes mais cultuados dos últimos tempos, e que facilmente, influenciou um número considerável de pessoas mundo afora.

    A história, baseada na vida do doutor Hunter Adams e em um de seus livros, Gesundheit: Good Health is a Laughing Matter, escrito em parceria de Maureen Mylander, é sobre Hunter “Patch” Adams, que, após uma fracassada tentativa de suicídio, decide se internar numa clínica psiquiátrica. Lá, descobre seu dom: ajudar outros pacientes de maneira pouco convencional, e, já em idade pouco mais avançada para fins acadêmicos, decide cursar medicina.

    “Existem grandes filmes na História. Este não é um deles. Este é um filme comercial de Hollywood.”

    Provavelmente um dos argumentadores mais mordazes contra o filme, é o próprio Adams, autor da frase atribuída logo acima. Na sua visita ao Brasil, em 2007, participou do programa Roda vida, exibido na TV Cultura, e expôs significativas diferenças de sua vida e obra ao que foi retratado no filme. (Esse programa está legendado e é encontrado facilmente no YouTube.)

    Síntese estética: Os personagens, quando não são meros estereótipos, são simples e mal-traçados. A celebração da poesia na vida, ganha dimensões claramente irreais. A mensagem que é forçadamente passada, se comparada aos atos dos personagens, em alguns momentos, é hipócrita, além de simplória.

    Ficha Técnica

    Título Original: Patch Adams
    Origem:
    Estados Unidos, 1998
    Direção:
    Tom Shadyac
    Roteiro:
    Steve Oedekerk, baseado em livro de Patch Adams e Maureen Mylander
    Produção:
    Mike Farrell, Barry Kemp, Marvin Minoff e Charles Newirth
    Fotografia:
    Phedon Papamichael
    Edição:
    Don Zimmmerman
    Música:
    Marc Shaiman