
Mary é uma garotinha australiana amante da cor marrom, de leite condensado e de seu galo de estimação. Não entende muito os humanos por não ter muito contato com eles. Seus pais não lhe dão muita atenção, os amigos, bem, estes não existem. Até o dia em que ela resolve "sortear" um endereço de uma lista telefônica e mandar cartas para esta pessoa. Por destino - ou não -, quem mora no endereço é Max, um americano ex-judeu (agora ateu) de quarenta anos, obeso e que, apesar de ter abandonado o judaísmo, continua usando sua quipá. Assim como Mary, ele não tem contato com muitos humanos e estes o acham esquisito. Na ânsia de ter alguém para conversar, os dois passam a trocar cartas e presentes, nascendo, assim, uma amizade para a vida toda.


É bem verdade que o público-alvo da animação não é heterogêneo, mas não concordo com os críticos condenadores de Elliot por isso. Afirma-se que o diretor não soube escolher para quem estava fazendo o longa. Na verdade, "Mary & Max" é para todos os públicos, emociona qualquer pessoa de qualquer idade que já se sentiu só por um momento. E enganam-se aqueles que afirmam nunca terem se sentido só. A solidão faz parte da vida e é sobre ela que o filme trata. O publico-alvo de "Mary & Max" é toda aquela pessoa solitária no mundo. Mas isso não quer dizer que aqueles felizes com suas companhias não irão se sensibilizar com a história dos protagonistas. História esta que, de tão doce e fofa, nos faz rir.
Ficha Técnica
Direção: Adam Elliot
Roteiro: Adam Elliot
Elenco: Toni Collette, Philip Seymour Hoffman, Eric Bana, Barry Humphries
Nota: 9
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