

Por tudo o que foi mostrado antes do lançamento, esperava-se muito mais do filme. Site legal, fotos realmente muito boas e um trailer com maravilhosas cenas de ação. Não é o que foi visto, fazendo de "Besouro" uma vítima de sua própria propaganda (ironia ter sido dirigido por um publicitário megacampeão). Para um filme de estreia no gênero das pancadarias fantasiosas, o filme é ótimo, mas todo o alarde feito entorno do longa acaba criando um

O que realmente estraga o primeiro trabalho de Tikhomiroff são as péssimas atuações. Por ser muito centrado na capoeira, o diretor resolveu transformar capoeiristas em atores e não vice-versa. Acertou, pois o tempo era curto para transformar um novato no melhor de todos os tempos nessa dança. E atuações também não é todo mundo que nota. Exceto pelo protagonista Aílton Carmo, que deve dedicar-se mesmo ao que tem de melhor: A ginga na capoeira. Já aqueles sem malemolência salvam aqueles que são sofríveis atuando e ótimos dançando; Irandhir Santos está ótimo como o nojento Noca de Antônia e Flavio Rocha convence como o cínico Coronel Venâncio. Cada um com seu talento e o cinema e a capoeira seguem seus rumos no Brasil.
Besouro traz grandes qualidade plásticas, como uma exuberante fotografia que conpensam atuações inevitavelmente sofríveis. Para um primeiro suspiro no gênero das pancadarias fantasiosas, o Brasil mostra que tem futuro. Ainda há um longo caminho a ser percorrido pelo nosso cinema para chegarmos perto dos orientais e estadunidenses, mas a gente pode chegar lá. Besouro é apenas um pontapé inicial. E um pé direito.
Ficha Técnica
Direção: João Daniel Tikhomiroff
Roteiro: Patrícia Andrade, João Daniel Tikhomiroff
Produção: Vicente Amorim, Fernando Souza Dias, João Daniel Tikhomiroff
Distribuidora: Buena Vista
Fotografia: Enrique Chediak
Elenco: Aílton Carmo, Anderson Santos de Jesus, Jessica Barbosa, Flavio Rocha, Irandhir Santos, Macalé, Leno Sacramento, Chris Vianna, Sérgio Laurentino, Adriana Alves, Miguel Lunardi
Nota: 7,3
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